quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Projeto de Lei 31331/42 – Direito Autoral

O PL do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) propõe uma adaptação da legislação atual ao mundo Hi-Tech, o mundo conectado ao qual vivemos hoje mudou completamente nosso comportamento em relação ao uso de informação.
Não será crime, segundo a proposta a reprodução (incluindo meios eletrônicos) sem fins comerciais de obras, se estas forem para fins educacionais.
Então as bibliotecas e centros de documentação poderão colocar à disposição de seu público para pesquisa tais obras.
No que se refere ao uso privado, que ao meu ver é mais delicado, a proposta prevê que não será crime a cópia desde que não seja para uso comercial e seja entre amigos.
Agora é só aguardar a análise da câmara sabermos os próximos episódios.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Obras de traduções espúrias no programa de distribuição de livros da Biblioteca Nacional??

Obrigada, denise bottmann, pelo comentário aqui em meu blog, espaço este destinado geralmente as minhas indignações diante de tantas atitudes sem sentido em nosso país.
Como você disse, recordei-me do quanto fiquei feliz sabendo do programa de distribuição de livros da FBN e agora esta notícia de que não cabe a biblioteca verificar tal integridade destes livros distribuídos muito me assusta.
Ou talvez, não me espante tanto, pois aqui em nosso país é mais importante a publicidade do que estamos fazendo do que a qualidade de nosso produto final.
Até onde tenho notícias, que me enfurecem muito, são relacionadas a situação dos livros antigos na Biblioteca Nacional. Espero que já tenham resolvido, as infiltrações, o baixo salário pagos aos bibliotecários que cuidam da maior biblioteca do país, que no mínimo deveriam ganham como os bibliotecários do senado. 
Não vou me esquecer de citar aqui também o descaso no qual se encontrava a Biblioteca Mário de Andrade e até que enfim a reformaram, mostrando interesse em preservar nosso patrimônio cultural.
Quando todos políticos tiverem interesse em investir em cultura, talvez o Brasil seja o tão sonhado país de primeiro mundo.
A cultura é fundamental para afastar nossos jovens das drogas, da violência que nos cerca diariamente.
Infelizmente o que vemos no geral é descaso com a cultura e educação, os profissionais desta área acabam trabalhando por amor ou por falta de opção, do tipo não consegui algo melhor, então vou dar aula.


Para saber mais sobre as suspeitas de plágio:
http://naogostodeplagio.blogspot.com/
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/1/21/programa-da-fbn-inclui-obras-suspeitas-de-plagio




domingo, 15 de janeiro de 2012

Será o fim das bibliotecas?

Após ler o artigo no Estadão "Editoras travam “guerra do e-book” com bibliotecas", do dia 25/12/2011 é claro que o primeiro pensamento que veio a tona foi de que esta guerra era o início de uma tentativa de acabar com as bibliotecas, dificultar o acesso a informação.
É claro, que temos que pagar por informação, mas tratado-se da biblioteca que compra um e-book e o empresta a seus usuários, está cumprindo seu papel na sociedade, logo, se formato preferido agora é o digital temos que dar acesso para nossos usuários a este formato.
Acredito que cobrar pelo número de acesso aos e-books é um caminho para o acordo entre bibliotecas e editoras, mas a questão é: Qual seria o número "justo"de acessos de um e-book para uma biblioteca? É claro que este seria diferente, variando de acordo com a realidade social de cada região, país.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

São Paulo, 23 de dezembro de 2011.

Talvez o poeta necessite morrer para sentir-se amado.
Deixar o material para sentir-se desejado.
Jogar todas poesias que o deixaram libertado.
Por que ser livre quando no fundo quer ser preso?
Preso em suas pernas demasiado.
Preso em seus beijos demorados.
Quando o amor deixará de ser tão intenso
quanto esta dor?
A maior culpa do poeta é sentir-se eternamente
apaixonado.

domingo, 18 de dezembro de 2011

São Paulo, 18 de dezembro de 2011

(foto: Ciclistas na Avenida Paulista - 11/12/2011)

O ano de 2011 está por um fio e se formos pensar no próximo ano, podemos pensar no calendário maia e tantas outras profecias que estão logo ali.
O fato é que fim de ano é sempre a mesma coisa, fazemos o balanço e sempre falamos no próximo ano farei tal coisa...
Mas, e se o próximo ano fosse realmente o último?
Que faríamos?
A impressão que tenho é de sempre deixarmos algo para as futuras gerações.
Um amigo me disse:
"Ser sustentável é algo que ficará para as próximas gerações, não dá para ser sustentável."
Até concordo em termos, que ser sustentável ao pé-da-letra é super difícil e nosso país principalmente não nos dá muitas opções.
Ações simples como não jogar o lixo na rua podem ser uma maratona (até você encontrar uma lixeira), por exemplo.
Respeitar o próximo no trânsito é algo que um dia espero que chegue, embora, acho que ficará para depois do apocalipse. Motorista não respeita pedestre e outros motoristas, pedestre que pula na frente do carro, carros que não sabem conviver com ciclistas e ciclistas e não respeitam os pedestres, motoqueiros que não se respeitam entre sim e todos sabem como é o desrespeito mútuo, onde todos sempre querem tirar vantagem e se acham especiais, se se achando melhor que outro. Por isto que às vezes dá vontade de chorar!
Falando em chorar o mundo deve estar prestes a acabar mesmo, pois está ficando muito louco, pessoas cometendo crimes dignos de Roma Antiga...
Enfim, em tempos de internet, os bibliotecários, guardiões do conhecimento, assistem a explosão de informação e de acontecimentos.
Eu, como bibliotecária, sinto sofrer de ansiedade de informação, mas nestes dias, queria eu não ver tais "informações"....

terça-feira, 6 de setembro de 2011

VI Semana de Biblioteconomia - ECA/USP

De 26 a 30 de setembro tem "Semana de Biblioteconomia na ECA/USP" e o tema será Propriedade Intelectual.
Consulte a programação no  http://www.cabieca.com.br/semanabiblio/?page_id=7
A OrganizArte Informação e Treinamento apoia este evento.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Campanha para o corte de salários das prefeituras com a população abaixo de 100.000 habitantes

Não poderia deixar de comentar a matéria que saiu na Exame sobre "As cidades mortas do Brasil""
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0998/noticias/as-cidades-mortas
Vou polemizar postando isto aqui, mais esta é a intenção. É claro que lembrei de minha terra querida, Riversul,  "apesar de ter nascido em Itararé", que também não é diferente.
Cidades que não geram empregos, como diz na matéria "A maioria das cidades tem um perfil similar. São economias baseadas na agropecuária de subsistência, quase sem atividade industrial e com dependência umbilical do setor público.Nelas, o maior empregador é a prefeitura. Boa parte do orçamento provém do Fundo de Participação dos Municípios, um bolo formado por impostos federais e gerido pelo Tesouro Nacional."
Quando era garota, vi meus amigos irem embora, pois os pais precisavam ir em busca de trabalho e até de educação para seus filhos. Na minha época eram poucas as opções de faculdades, não tinha acesso à Internet, tampouco a cursos à distância.
Para se ler um livro, uma revista, tinha que encomendar, de outra cidade, "quase não tinha livros em casa e a cidade não tinha livraria", como dizia Caetano Veloso em sua música "livros".
Sempre fui a favor de não ter salários para cargos públicos como de prefeito e vereadores, muito menos para deputados (mas este é um passo maior).
Mas a questão é: "Nas cidades americanas com menos de 150 000 habitantes, prefeito e vereadores não recebem salário. Aqui, qualquer aglomerado que ganhe emancipação terá prefeitura, câmara de vereadores, delegacia, fórum e outros órgãos públicos."
Se nossos impostos fossem bem empregados, tudo bem, eu não ligaria para pagá-los, mas quando vejo no que meu suado dinheiro, de uma simples bibliotecária e empresária que trabalha 12 horas por dia se transforma, sinceramente, tenho vontade de chorar, gritar, sair fora deste país (tenho vontade de viver no Canadá). Mas neste país está minha família, meus amigos, neste país construí uma empresa e gero empregos.
Mas não posso deixar de "sonhar", de mudar a cara da "terrinha", queria ver se não tivesse mais salários, se haveriam candidatos... Quem iria se candidatar a prefeito de Riversul por exemplo se não houvesse salário?
Fica a pergunta para todos refletirem, no próximo ano tem eleições, eu tenho vontade de voltar a viver no interior, mas só posso de tiver trabalho, não é?
Acredito que muitos voltariam para suas cidades se assim fosse e o trabalho não dependesse de ter empregos na Prefeitura.
Para isto vou iniciar a campanha "Abaixo aos salários de prefeitos e vereadores com cidades de menos de 100.000 habitantes (vou se boazinha)"




São Paulo, 26 de agosto de 2011

O convite para a plenária em SC: Pacto pela Biblioteconomia Brasileira, tem gerado muitas discussões na lista BCI-UFSCar e não é para menos.
Desde que entrei na Federal (1997), a discussão existe, fui atraída pela carreira de "Ciência da Informação"
(assim constava no Manual do Candidato da época, Fuvest) e descobri "a crise existencial do bibliotecário", a qual já devo ter mencionado várias vezes neste blog.
Está na hora de tomarmos um rumo nesta história, o Sinbiesp já avançou na discussão e agora cientistas da informação, documentalistas, arquivistas, historiadores, auxiliares de bibliotecas e de centros de documentação podem usufrir dos benefícios que poucos bibliotecários que fazem parte do Sinbiesp lutaram para conquistar.
Somos todos profissionais da informação na Era da Informação e do Conhecimento.