sábado, 22 de junho de 2013

São Paulo, 22 de junho de 2013 - Na Av. Paulista contra a PEC 37

Emocionante ver tantos brasileiros enrolados na bandeira, caminhando na mais paulista das avenidas, por um Brasil melhor, um Brasil de "Ordem e Progresso", contra a corrupção e o absurdo que é a PEC 37.


Na foto abaixo podemos observar os carros saindo da Av. Paulista.


Vídeo: "As 5 causas"

sexta-feira, 14 de junho de 2013

São Paulo, 13 de junho de 2013.

Caos, gritos, palavras de ordem: “Chuta! Chuta! Quebra! Quebra!” às 20h09min
Manifestar sim, todos têm o direito de manifestar seu descontentamento, destruir não.
Mais gritos: “Quebra! Quebra!”
Não vejo a polícia e vejo aproximadamente cem  manifestantes seguindo aos chutes, penso comigo: “Mais uma manifestação, já foram embora, eram poucos..."
Vinte minutos depois mais gritos, sendo que mais fortes, mais confusão, mais caos, mais manifestantes que ateiam fogo em três lugares da Avenida impedindo a passagem os carros e ônibus. Cercavam os carros, chutando, seguindo as palavras de ordem.
Foi-se o tempo no qual os estudantes protestavam contra o aumento das passagens  no qual em um dia d “pulavam a catraca”, agora é o tempo é de destruir o transporte público, prejudicando eles mesmos, mais principalmente os trabalhadores, aqueles que acordam cedo todos os dias e pagam os impostos, aqueles que pagarão o prejuízo destes rastros de destruição, muitos pais, destes jovens, que talvez um dia também tenham participado de um ato de protesto, mas hoje foram trabalhar, enquanto seus filhos dormem para depois talvez, “matar aula” e planejar o próximo ato.
Manifestem! Parem o trânsito, tirem o direito dos trabalhadores de ir e vir, que na mente de vocês são “alienados”, mas lembre-se que estão lá, trabalhando para pagar os impostos que serão utilizados em prol de sua educação, transporte, saúde, segurança.
Talvez, uma porcentagem seja “desviada”, mas vocês não ligam pra isto, não é? Afinal de contas é mais fácil protestar contra um aumento da tarifa do que contra o aumento da violência. Ou o aumento da tarifa serviu apenas de estopim para que manifestem contra a corrupção, contra os impostos, má educação, contra a família, a namorada, ou o namorado...
Talvez, a polícia não devesse agir mesmo, deixando o rastro de destruição aumentar e cada um se proteger como pode, quando um manifestante lhe atirar uma pedra, de repente quebrar o vidro de seu carro que teve que pagar com muito suor.
Talvez, a polícia confunda um trabalhador com um vândalo, disparando contra ele uma bala de borracha ou mesmo as bombas de gás.
Já imaginou um familiar de um manifestante dentro de uma ambulância pedindo passagem para chegar a um hospital?
Pois é, me recordo na adolescência um movimento sem terra impedindo a passagem dos carros na rodovia  e eu dentro do carro a caminho do médico...  me recordo de minha alegria ao participar de um churrasco após um grupo de assentados conseguir suas terras, minha tristeza ao saber que venderam suas terras.
Também me recordo das inúmeras manifestações, tempos de faculdade, bicicletadas das quais participei e não recordo de rastros de destruição, bem como minha indignação diante da ação contra os professores na época do governo Covas.
Fico feliz que depois de tantas bicicletadas as ciclovias e as bicicletas começaram a ganhar seu espaço nas ruas movimentadas de São Paulo, embora me entristeça ao ver ciclistas desrespeitando pedestres, motoqueiros agredindo ciclistas, motoristas matando pedestres e ciclistas.
Sofremos de um egoísmo tão grande, que não percebemos o próximo.
Há tantas maneiras de realizar um ato de protesto pacífico, mas às vezes penso que a adrenalina da violência parece falar mais alto.
Penso que após o PM ser linchado na terça-feira, os PM´s foram para a rua talvez com sede de vingança por seu colega e perderam-se ao confundir trabalhadores voltando para seus lares com os vândalos infiltrados na manifestação.
Penso que no meio de uma multidão com sede de se manifestar, há inúmeros jovens de forma pacífica, bem como alguns com aquele "ódio" de tudo que acabam por perder a razão.
Talvez seja somente um grupo como o que vi de cem jovens revoltados que deixam seu rastro de destruição e o grupo que vem atrás de forma pacífica leve a culpa por estes.
Vamos pensar nos dois lados da balança e tentarmos olhar de cima, pois todos perderão a razão, sei que anos sentados na frente da televisão, assistindo o aumento da corrupção, foi causando uma indignação, sem limites.
Não quero acreditar que tem que ter violência para chamar atenção! Que se não houvessem mártires ninguém saberia o que está acontecendo.
Quero acreditar que é possível reivindicar e não atingir o próximo!
Que fique claro, sou a favor de manifestações, mas contra as destruições e imposições!

Não ao vandalismo!
Não  a repressão!
Não a violência! Já basta de insegurança!

Liberdade para todos!