quinta-feira, 31 de agosto de 2006

A Biblioteca à noite - parte 2

Trechos de uma entrevista com o autor, Alberto Manguel, para Caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo (30/08/2006):

" Eu queria responder a pergunta: de onde vem nosso otimismo de pensar que algo tão caótico como o universo pode ter a ordem que os livros pretendem lhe dar? Nós acreditamos que os livros contêm o que sabemos sobre o mundo. Mas o que sabemos é que ele não tem sentido e que a ordem do universo é, para nós equivalente ao caos. Então por que continuamos a ler e a escrever livros?" - Alberto Manguel

"O que o Google propõe, colocar uma infinidade de textos na Internet, em princípio é muito bom (...) O Google diz que nós, escritores, devemos ser generosos e deixar que todo mundo leia nossas obras. Muito bem, no dia em que o Google virar uma instituição de caridade, que ofereça grátis a todo mundo todos os seus benefícios, eu também posso fazer o mesmo. O problema é que o impulso por trás da eletrônica não é intelectual, é econômico. E como é econômico, não aceita argumentações intelectuais." - Alberto Manguel

Sao Paulo, 31 de agosto de 2006

- Como foi seu primeiro dia de trabalho??
- Bom, dá pra imaginar como se trata "Cultura" em nosso país?" - respondeu a bibliotecária com outra pergunta
Silêncio.
- Imagino, você encontrou dezenas de caixas, repletas de livros, obras raras misturadas com outras obras, alguma coisa jogada num porão... Acertei?
Silêncio.

E assim foi a conversa, e assim fui dormir após a conversa, me sentindo I M P O T E N T E .

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Idéias para Sao Paulo

Na matéria: Que tal copiar? (veja SP, 30/08/2006)

- Pontos de ônibus tubulares, como em Curitiba
- Desconto na compra de bilhetes múltiplos, como em Viena
- Música clássica no metrô, como em Munique
- Uma linha de metrô que liga o aeroporto ao centro, como na cidade do México, "como em Madrid também"
- Metrô 24 horas, como em Nova York
- Ar-Condicionado no metrô, como no Rio de Janeiro (atualmente 8 trens em SP)
- Cronômetro no metrô que indica quanto tempo falta para a chegada do próximo trem, como em Barcelona, "como em Madrid também"
- Faixa de grama em calçadas, como em Curitiba
- Despoluir os rios Tietê e Pinheiros, como Londres e Paris fizeram como o Tâmisa e o Sena
- Uma escultura em cada prédio, como em Recife
- Tampas de bueiros decoradas, como no Japão
- Fiação Subterrânea nas ruas, como em Londres
- Barreiras acústicas para reduzir a poluição sonora em vias elevadas e rodovias, como em Tóquio
- Carteirinha de cinema que dá direito a assistir a quantos filmes se queira, como em Londres
- Uma rua comercial 24 horas, como em Curitiba
- Quiosque que vende ingressos mais baratos para peças de sucesso, como em Nova York
- Um dia de entrada grátis nos museus, como em Paris, "como em Madrid também no Prado"
- Uma lei que proíbe fumar dentro de bares e casas noturnas, como em Dublin
- Albergues descolados, como em Londres
- Ingressos numerados em cinema, como em Buenos Aires
- Bloqueador de celulares, como em Tóquio
- Investir em reciclagem, como em Nova York, "como em Madrid"
- Lixeiras em muitos postes, como no Rio de Janeiro
- Multas pra quem joga sujeira na rua, como em Cingapura
- Respeito à norma de se posicionar ao lado direito da escada rolante das estações de metrô, como em Londres
- Multa pra quem atravessa fora da faixa de pedestres, como em Cingapura
- Placas e sinalizações históricas, como em San Juan, "como em Madrid"
- Penas severas para pichadores, como em Nova York
- Restrição para celulares em restaurantes, como em Londres
- Pedágio Urbano, como em Londres
- Semáforos com cronômetros que marcam a contagem regressiva para a mudança de cor, como em São Caetano do Sul e com sinal sonoro, "como em Madrid"
- Cartão tipo Zona Azul, que serve para o dia inteiro, como no Rio de Janeiro
- Ciclovias ligando os principais parques, como em Curitiba
- Táxis com navegador de bordo, como em Paris
- Táxis que aceitam cartão de crédito, como em Estocolmo - "Acho que alguns por aqui também aceitam"
- Tarifa estampada na porta dos carros, como em Nova York

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

Blog sobre las bibliotecas en Líbano

Bibliotecarios libaneses y franceses han creado un blog, http://bibliban.over-blog.com/, con el objetivo de discutir y recoger información sobre los daños causados por las operaciones militares israelíes a las bibliotecas libanesas, las iniciativas públicas y privadas para desarrollar y rehabilitar las redes de bibliotecas libanesas, así como servir de medio de comunicación e intercambio entre los bibliotecarios libaneses. El pasado viernes lanzaron un llamamiento a los congresistas de IFLA reunidos en Seúl estos días y a todas las asociaciones de bibliotecarios a nivel mundial (http://bibliban.over-blog.com/article-3563938.html) con el fin de que expresen su solidaridad moral y material con las bibliotecas de Líbano.
María Jesús Morillo

Fonte: Lista ABGRA

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

A Biblioteca a noite


A BIBLIOTECA À NOITE
Alberto Manguel
Tradução: Samuel Titan Jr.
Na seqüência de Os livros e os dias, Alberto Manguel retoma sua reflexão sobre o lugar do livro e da leitura na cultura e na vida dos homens. Partindo de circunstâncias pessoais, faz a crônica das bibliotecas - da Antiguidade à Internet -, evoca lugares emblemáticos e apresenta uma galeria fascinante de bibliotecários, bibliômanos e bibliófilos.


Os fardos do intelectual são dois: o cerebro e a biblioteca. O cérebro pode estar lotado - só que pelo menos, é portátil. Mas será que o sujeito precisa carregar tantos livros na era das bibliotecas virtuais? E por que o homem sonhou e teve pesadelos com bibliotecas ao longo da História? No ensaio A BIBLIOTECA Á NOITE (Cia das Letras), Alberto Manguel tenta explicar a função das bibliotecas. Para isso, usa sua erudição em história do livro e a experiência como dono de uma vasta coleção de raridades. O autor teve certo trabalho para carregar a bagagem por causa da vida nômade. Nasceu em Buenos Aires em 1948, morou em Israel, trabalhou como professor em Toronto, onde se naturalizou canadense, e finalmente se estabeleceu no interior da França. No ano de 2000, acomodou milhares de livros em um celeiro reformado do séclo XV, no sul da França. Manguel vale-se do destino da biblioteca pessoal para excursionar por bibliotecas de todos os tempos e lugares, da Biblioteca de Alexandria ao "biblioburro" colombiano, passando pela (pasmem!) modesta coleção do conterrâneo Jorge Luís Borges. Manguel cita Montaigne, que evitava ir à noite a sua torre porque o breu lhe trazia melancolia. Manguel pensa o contrário, até por causa da invenção da lâmpada. Quando a noite cai, o mundo some e a biblioteca, iluminada, vira seu paraíso.
Luís Antônio Giron - Revista Época, p. 182, n. 431, 21/08/2006.

Para ler um trecho do livro:
http://epoca.globo.com/edic/431/trecho_biblio.pdf

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Gestão Documental: E os papéis aumentaram, os arquivos eletrônicos também

Quando entrei na faculdade, uma das preocupações era o fato da informatização acabar com o papel, então direcionamos o aprendizado para novas tecnologias.
No entanto alguns anos passaram, e eu observo no dia-a-dia de meus trabalhos que o papel aumenta cada vez mais, e também aumentam os arquivos eletrônicos, tudo isto de maneira desorganizada.
Vocês já repararam em seu computador, ou melhor, dizendo, talvez, alguma caixinha disquetes, que nem sabem o que existe dentro?
Mais informação produzida = mais documentos (em formato impresso e eletrônico).
E o seu HD aumenta de tamanho, aumentam seus documentos (hoje, Documentos do Word, Power Point, Músicas, Vídeos).
Já pensou numa empresa?
Numa empresa os colaboradores simplesmente gastam entre 20% e 40% do tempo perdidos em meio a tantos documentos, às vezes, até um mutirão para encontrar o documento, que pode estar entre o 7% que são perdidos.
O prejuízo vocês imaginam!
É aí que entra a Gestão Documental, tanto na sua forma física, como eletrônica.

LOST - The Cure


"I CAN´T FIND MYSELF
I can't find myself
I can't find myself
I can't find myself
IN THE HEAD OF THIS STRANGER IN LOVE"



Foto: Barcelona

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Te Dejo Madrid (Shakira)


Uh... ah ah
si, ya es hora de esconder
del mundo el dolor
bajo la piel

yo se que estare bien
los gatos como yo
caen de pie

no quiero
jugar mi suerte por ti
y no puedo
con fé pequeña vivir
pronto estare de aquí
muy muy lejos

coro

ay me voy otra vez
ay te dejo Madrid
las rutinas de piel
y tus ganas de huir

yo no quiero cobardes
que me hagan sufrir
mejor le digo adios
a tu boca de anis

si, ya es hora de limpiar
las manchas de miel
sobre el mantel

yo nunca supe actuar
mis labios se ven
muertos de sed

no quiero
dejarlo todo al azar
entiendo
que he comenzado a estorbar
pronto estare de ti
muy muy lejos

coro

hay me voy otra vez
hay te dejo Madrid
las rutinas de piel
y tus ganas de huir

yo no quiero cobardes
que me hagan sufrir
mejor le digo adiós
a tu boca de anis

ah, aah
(armónica)

hay me voy otra vez
hay te dejo Madrid
las rutinas de piel
y tus ganas de huir

yo no quiero cobardes
que me hagan sufrir
mejor le digo adiós
a tu boca de anis


ay te dejo madrid
madrid
a tu boca de anis
a tu boca de anis

OBS.: Estoy contenta.. Mi amiga Marlene de Bogotá, envió la canción en MP3 hoy...
r
Foto: las bibliotecarias de la Fundación Carolina: Mercedes, Márcia, Marlene, yo.

Lembranças de Madrid



Sao Paulo, 16 de agosto de 2006.

Ontem eu voltando para a casa em meio ao trânsito, tudo parado, o que não é novidade, mas com um diferencial, uma greve no metro, que como todos paulistanos sabem qualquer parada em algum transporte público gera inúmeros aborrecimentos.
Eu ficava me questionando, se eu era muito louca de continuar vivendo por aqui, cheguei a conclusão que desejo a diversidade de uma grande cidade com ares de interior. Loucura?
Por que as coisas por aqui não funcionam?
Falta EDUCAÇÃO!
Vocês já escolheram seu candidato?

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Paraty, 14 e 15 de agosto de 2006




Numa turma dominada por bibliotecárias, eu, Aline, Maria, Java e Paty, os não bibliotecários, Marcelo, César e Gi, saimos de São Paulo na sexta-feira à noite rumo a Paraty para a FLIP - Feira Literária Internacional de Paraty.
Eu queria ver Gabeira no sábado mas não consegui...

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Mosteiro de Sao Bento no Rio de Janeiro


Lembrando a máxima medieval: claustrum sine armario quase castrum sine armamentario (mosteiro sem livros é como castelo sem armas), o Mosteiro São Bento no Rio de Janeiro, fundado no final do século XVI, possui uma boa biblioteca, composta de sermões, bíblias, livros de santos, romances, poemas e outros gêneros. Podemos encontrar 29 títulos do poeta espanhol Calderón de la Barca, e também da Vida e feitos do fidalgo d. Quixonte de la Mancha, de Cervantes (1605).
Triste a notícia de que a biblioteca não está bem catalogada e suas obras precisam de restauração com urgência.
Uma biblioteca dessas deve possuir muitas preciosidades...

Para saber mais: Revista Nossa História, ano 3, n. 34, ago. 2006.

Foto: Salão de exposições - Imprenta Artesal - Ayuntamiento de Madrid (jul.2006)

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Sao Paulo, 9 de agosto de 2006.


Foto: Madrid, 24/7/06

Voltando ao mundo "real", jantando duas vezes, perdida, entre livros, revistas e agora jingles!
Digamos que a minha agenda semanal agora conta com 4 lugares distintos de trabalho.
Além de bibliotecária, marketeira... rs
Estou me preparando para a FLIP este final de semana, este ano, 2 carros, com 6 bibliotecárias e 3 não-bibliotecários. Eu amo Paraty, acho que é um dos lugares que mais amo, e ainda com aquele clima de Feira Literária, é imperdivel!

Livros Eram Encapados com Pele Humana

Foi o que descobri em sala de aula na Universidade Complutense de Madrid...

Aqui vai uma matéria sobre o assunto divulgada no grupo de discussão BCI-UFSCar:


Isso é que é levar às últimas conseqüências a expressão "estar na pele de alguém". Guardados em coleções esquecidas de bibliotecas ou em acervos particulares, alguns livros, de aparência inocente, têm uma característica no mínimo curiosa: foram encapados com couro humano.
Não se sabe ao certo a origem dessa prática, mas já no século 17 havia livros feitos com peles curtidas de homens e
mulheres. Em meados do século 20, o historiador americano Walter Hart Blumenthal escreveu um livro em que versava sobre cerca de duas dúzias de obras com essa particularidade. Sabe-se apenas de alguns casos porque os autores deixavam escritos, no próprio livro, que a capa era de pele humana.
Segundo Laura Hartman, pesquisadora de livros raros da Biblioteca Nacional de Medicina, em Maryland, Estados Unidos, há registro de uso de pele humana como capa de livros em diversas cidades americanas, como Filadélfia, Nova York e Chicago, no século 19. Os médicos tiravam a pele de corpos submetidos a autópsia e curtiam o couro nos porões dos hospitais. "Em alguns casos, o uso das peles foi uma espécie de memorial para as pessoas de quem elas vieram e que ajudaram na pesquisa médica", diz Laura, que publicou seu estudo sobre o assunto na revista científica Transactions and Studies of the College of Physicians of Philadelphia. Em sua pesquisa, Laura cita o caso de uma mulher de 28 anos da Filadélfia que, no século 19, morreu de triquinose, uma doença causada pela ingestão de carne infectada com um parasita. O médico John Stockton Hough, que a atendeu, fez uma extensa pesquisa sobre a doença – era o primeiro registro de triquinose na cidade – e escreveu um livro. Três volumes foram encapados com pedaços da pele do "objeto de pesquisa". Já Joseph Leidy, médico que escreveu o importante Tratado Elementar de Anatomia Humana, encapou um dos volumes da obra com a pele de um soldado da guerra civil americana. Como ele trabalhou como médico naquela guerra, é possível que a pele tenha vindo de um de seus pacientes. De acordo com Laura, além dessas "homenagens", livros de memórias e até sagrados, como a Bíblia, pertencentes a pessoas religiosas, ganharam capas parecidas.

BOA E BARATA
Couro de gente resiste à água e é durável
Não eram só os livros que tinham a "honra" de serem encapados com pele humana. Em Nova York, no fim do século 19,
médicos iam ao distrito têxtil da cidade com pedaços de couro e pediam que eles fossem usados para a manufatura de valises. O tecido vinha de pacientes mortos ou de membros amputados – uma fonte de couro barata e um material bom para revestimentos. "O couro humano é durável e razoavelmente à prova d´água", diz Laura Hartman.
O processo de tratamento da pele seria, provavelmente, parecido com o de qualquer outra pele de animal.
Segundo Stephen Nonack, chefe dos bibliotecários do acervo particular Boston Athenaeum, a pele, em estado bruto, era uma bagunça ensangüentada e malcheirosa – parecida com a pele de outros animais, só que sem pêlos.
Ela era mergulhada em substâncias de origem vegetal, depois tingida.
Se o curtidos suspeitava de que aquele não era um pedaço de couro animal comum, disso não há registro algum.

Fonte:
IWAKURA, Mariana. Notas arqueológicas. Revista Aventuras na
História, São Paulo, 33. ed., p.14, mai. 2006.

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Sao Paulo, 8 de agosto de 2006


Desembarquei no Aeroporto de Cumbica por volta das 17hs, após um bom tempo aguardando a bagagem, fui ao caixa sacar uns "reais", de volta ao mundo "real", comprei a passagem de ônibus até o Maksoud Plaza Hotel, que é o ponto mais "cerca".
18h30, trânsito, caos, barulho e não mais música, é verdade que na España havia momentos que escutava música por toda parte, caminhava escutando Bolero de Ravel...
Ao sair do ônibus, ruas sujas, peguei um táxi, pois não estava aguentando mais o peso, e principalmente, me deu um medo, um medo absurdo, pois já estava sabendo que o PCC estava atacando novamente. Eu queria caminhar, mas tinha medo, era como se eu estivesse me mudando para uma "casa de barro".
Avenida Brigadeiro Luis Antonio, lixo, latas, papéis, restos de comida, disputavam espaço nas calçadas.
Estou chegando em casa!
Amanhã já vai fazer uma semana que voltei, já estou me acostumando ao "real" novamente.
Com o peso esta grande dualidade...
Recordar de minhas mãos tocando aqueles livros antigos, respirando história, olhando cultura por toda parte, agora minhas mãos estão tocando publicações periódicas do mundo de consumos...

Foto: Biblio na praia em Barcelona

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Sao Paulo, 3 de agosto de 2006

Depois de 35 dias longe de casa, ]e bom rever os amigos e encontrar muito trabalho pela frente.

Com todo o bom humor, a musica que tocou em Barcelona, faz parte, do brega, em espanhol

OLVIDAME Y PEGA LA VUELTA

L Hace dos años y un día que vivo sin él,
Hace dos años y un día que no lo he vuelto a ver,
Y aunque no he sido feliz aprendí a vivir sin su amor,
Pero al ir olvidando de pronto una noche volvió...
Quién es ?
J Soy yo...
L Qué vienes a buscar ?
J A ti...
L Ya es tarde...
J Por qué ?
L Porque ahora soy yo la que quiere estar sin ti...
Por eso vete, olvida mi nombre, mi cara, mi casa,
Y pega la vuelta
J Jamás te pude comprender...
L Vete, olvida mis ojos, mis manos, mis labios,
Que no te desean
J Estás mintiendo ya lo sé...
L Vete, olvida que existo, que me conociste,
Y no te sorprendas, olvida de todo que tú para eso
Tienes experiencia...
J En busca de emociones un día marché
De un mundo de sensaciones que no encontré,
Y al descubrir que era todo una gran fantasía volví,
Porque entendí que quería las cosas que viven en ti...
L Adiós...
J Ayúdame...
L No hay nada más que hablar...
J Piensa en mí...
L Adiós...
J Por qué ?
L Porque ahora soy yo la que quiere estar sin ti...
L Por eso vete, olvida mi nombre, mi cara, mi casa,
Y pega la vuelta
J Jamás te pude comprender...
L Vete, olvida mis ojos, mis manos, mis labios,
Que no te desean
J Estás mintiendo ya lo sé...
L Vete, olvida que existo, que me conociste,
Y no te sorprendas, olvida de todo que tú para eso
Tienes experiencia...