segunda-feira, 21 de agosto de 2006

A Biblioteca a noite


A BIBLIOTECA À NOITE
Alberto Manguel
Tradução: Samuel Titan Jr.
Na seqüência de Os livros e os dias, Alberto Manguel retoma sua reflexão sobre o lugar do livro e da leitura na cultura e na vida dos homens. Partindo de circunstâncias pessoais, faz a crônica das bibliotecas - da Antiguidade à Internet -, evoca lugares emblemáticos e apresenta uma galeria fascinante de bibliotecários, bibliômanos e bibliófilos.


Os fardos do intelectual são dois: o cerebro e a biblioteca. O cérebro pode estar lotado - só que pelo menos, é portátil. Mas será que o sujeito precisa carregar tantos livros na era das bibliotecas virtuais? E por que o homem sonhou e teve pesadelos com bibliotecas ao longo da História? No ensaio A BIBLIOTECA Á NOITE (Cia das Letras), Alberto Manguel tenta explicar a função das bibliotecas. Para isso, usa sua erudição em história do livro e a experiência como dono de uma vasta coleção de raridades. O autor teve certo trabalho para carregar a bagagem por causa da vida nômade. Nasceu em Buenos Aires em 1948, morou em Israel, trabalhou como professor em Toronto, onde se naturalizou canadense, e finalmente se estabeleceu no interior da França. No ano de 2000, acomodou milhares de livros em um celeiro reformado do séclo XV, no sul da França. Manguel vale-se do destino da biblioteca pessoal para excursionar por bibliotecas de todos os tempos e lugares, da Biblioteca de Alexandria ao "biblioburro" colombiano, passando pela (pasmem!) modesta coleção do conterrâneo Jorge Luís Borges. Manguel cita Montaigne, que evitava ir à noite a sua torre porque o breu lhe trazia melancolia. Manguel pensa o contrário, até por causa da invenção da lâmpada. Quando a noite cai, o mundo some e a biblioteca, iluminada, vira seu paraíso.
Luís Antônio Giron - Revista Época, p. 182, n. 431, 21/08/2006.

Para ler um trecho do livro:
http://epoca.globo.com/edic/431/trecho_biblio.pdf

Um comentário:

fernando_vilarinho disse...

Oi Daniela!

Tomei contacto com seu blogue o ano passado. Tenho reparado que desde há uns meses para cá tens escrito mais sobre bibliotecas e cenas afins. e você é de uma sinceridade estupenda, cada vez é + raro ver isso. meus parabéns!
esse livro do manguel ainda não o encontrei quer em Portugal, quer Espanha. Não sei em que Língua Manguel escreveu esse livro (espanhol?). Sei que vai sair em Setembro uma versão em inglês. Apesar de ler bem on inglês, se como penso, o livro foi escrito em espanhol, preferia ler nessa Língua ou em Português.
Será que não era muito trabalho você me enviar 1 exemplar, numa dessas Línguas? Em troca eu te presentaria com algo que você gostasse. esteja à vontade...

se calhar você está pensando: pôxa, este cara tem uma grande lata (como a gente diz cá).mas de onde o conheço? ;-) ehehe

btw, meus avós paternos são galegos e gosto muito de Madrid (mt + que Barcelona), gostei de ler sua bela viagem. em madrid tem a livraria "Casa del Libro" que é uma das maiores da Europa, tem 7 ou 8 pisos. Fica no centro, na Gran Via. e tem outras lojas pela cidade. Abriu uma loja tb em Vigo (Galiza) há uns 4 anos.

tudo de bom Daniela,
fernando