terça-feira, 11 de setembro de 2007

Pensamentos confusos sobre a disciplina "Organização da Informação nos contextos da pós-modernidade"

Para organizar informação é preciso antes delimitar o que é informação. Fazendo distinção entre dados, informação e conhecimento. Definindo dados como algo isolado de contexto, podendo também ser distinto de informação de forma relativa, dependendo da leitura do usuário, o que ele entende. Dados são um conjunto
de símbolos que representam percepções empíricas. Já informação, não é um dado, algo que precisa ser organizado, do ponto de vista da ciência da informação, ou seja, que está mais relacionado ao conceito de registro, a representação de algo, não um processo, nem o conhecimento em si e vista pelo profissional da informação como um objeto tangível. Definida ad hoc como "um conjunto de símbolos que representam o conhecimento empírico".
Buckland, conceitua de forma intangível informação como conhecimento, informação como processo, de forma tangível, a informação como objeto e o processo da informação.
Informação e conhecimento se misturam, e fica difícil definir, delimitar. Ora, um teórico usa o termo informação, ora usa conhecimento. Particularmente prefiro distinguir estes termos, por mais difícil que seja.
Organização da informação na sociedade, no sentindo de arrumar de determinado modo, colocar em certa ordem, as informações, os registros destas informações e deste conhecimento.
Ao abordar a organização do conhecimento, Dahlberg, define conhecimento como processo individual e uma certeza subjetiva de um fato ou estado, podendo ser adquirido por meio de reflexão.
Então, o conhecimento uma vez registrado, transforma-se em informação.
E inicia-se uma grande confusão!
Há necessidade de organizar o conhecimento ou informação (oras, eles se misturam) sempre existiu, e durante muito tempo os bibliotecários e filósofos se encarregavam desta função. Após a explosão da informação, pessoas de diferentes áreas (Analistas de sistemas, educadores, representantes da área de Inteligência Artificial) começam a se unir para a organização da informação crescente.
Para organizar, antes é preciso conhecer algumas definições, entre elas:
Conceito, algo possível de ser capturado, uma vez que o conhecimento pode ser considerado como a totalidade das proposições verdadeiras sobre este mundo, que pode estar em documentos ou nas cabeças das pessoas.
Classificar significa ordenar e dispor em classes, e está relacionada com as necessidades de utilização da informação.
Observa-se que há ausência de consenso e diferentes abordagens ao definir Ciência da Informação. Esta envolve comunicação, conhecimento, registro de conhecimento, informação, necessidade de informação, usos da informação, tecnologia da informação, tudo isto, no contexto social, institucional e individual. Segundo Belkin & Robertson, o propósito da Ciência da Informação é facilitar a comunicação de informação entre seres humanos.
Bom, facilitar a comunicação... hum... não vamos entrar na definição de comunicação, assim como, informação, delimitar estas "coisas" vai nos causar uma tremenda dor de cabeça.
É o seguinte, quanto mais você estuda, quanto mais você lê, mais confuso você fica, e depois de discutir o que leu, antes você até achava que tinha assimilado algo, mais depois percebe que está mais perdido que agulha em palheiro, ou melhor, mais perdido que uma informação solta no universo on-line.
E aí entramos num assunto delicado: recuperação da informação, aborda os profissionais que trabalham com esta informação que são denominados processadores de informação; os documentos, que são suportes de informação; e as representações desta informação, visando sua disseminação.
Na era da informação, não basta "armazenar" informação, é preciso saber interpretá-la, saber utilizá-la de forma inteligente para atingir seus objetivos, metas, usar a informação de forma estratégica.
Então para organizarmos informação, é preciso antes de tudo definir conceitos, termos, verificar as necessidades de informação e seus usos. Parar de viajar e chegar num concenso... cientistas da informação.
Pois, não se trata mais de uma necessidade epistemológica e sim estratégica, vital para a sobrevivência do profissional da informação.

Nenhum comentário: