Na Veja desta semana (n.1998 - 070/3/2007), um Artigo sobre os quarto mitos da escola brasileira:
1º Mito – O professor brasileiro é mal remunerado
O artigo diz que o salário é 56% superior a media nacional, mas não menciona a dificuldade para um professor, assim como outros profissionais, investir na carreira, mestrados e cursos, que são muitas vezes superiores aos ganhos.
2º Mito - A educação só vai melhorar no dia que os professores receberem salário mais alto
O artigo menciona que o salário aumentou e as notas dos alunos despencaram. E ainda: ”O mais urgente é fazer com que o professor chegue à sala de aula sabendo ensinar.”
É certo que ter mais dinheiro no bolso não é fato determinante para transformar um professor num bom educador.
Agora analisando o fato de que a educação nacional vive um círculo vicioso, onde o professor que chega até a sala de aula sem saber direito o que vai ensinar, porque o que ele não aprendeu no primeiro e segundo grau, ao chegar na universidade tentou aprender para entrar na sala de aula, ensinar.
Ensinar num país onde ao entrar numa sala de aula você tem que ser “psicólogo”, pai, mãe, enfretar ameaças, dias sem aula, por ordem de organizações criminosas, ameaças de alunos, falta de infra estrutura, livros…
Assim como qualquer outra carreira, temos profissionais e profissionais, aqueles que empurram com a barriga, aqueles que se esforçam ao máximo e aqueles que fazem por amor.
3º Mito - O Brasil investe pouco em educação
O Brasil destina 3,4% do PIB às escolas básicas, e os países da OCDE, 3,5%.
Conclusão, nosso país investe quase o mesmo e obtém resultados piores.
Não é de hoje que observamos recursos mal empregados, não somente na educação, mas também em todos setores do governo.
Um exemplo: semana passada nos jornais, livros didáticos que foram encontrados num depósito de reciclagem, com um detalhe, estavam ainda embalados, novos.
4º Mito – A escola particular é excelente
Que o Enem só serve para indicar que as escolas particulares estão um pouco a frente das estaduais, é fato.
Triste saber que uma prova aplicada pela OCDE, colocou o Brasil nas últimas posições em todas as disciplinas.
Então observamos que o professor que passou por uma escola ruim, cursou uma universidade precária e foi dar aula, resultou neste quadro que estamos vendo agora…E aquele que poderia ser um bom professor, está bem longe das salas de aula, talvez em outro país (fuga de cérebros), pesquisando numa multinacional…
Apenas 20% dos jovens brasileiros chegam à universidade. Mas, chegam à universidade, sem saber o básico...
Uma média de 6 anos dentro das salas de aulas (sucateadas) contra 12, nos países desenvolvidos.
Em uma lista de 25 países, o Brasil é o 23º em número de publicações científicas. "Nem vou comentar"
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