Pensamentos confusos de uma bibliotecária, um misto de informação, cultura e confissões da vida de uma profissional de 36 anos.
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
Deficit de 13,2 mil professores do idioma espanhol
Que aprovaram uma lei em agosto obrigando todas as escolas públicas e privadas a oferecerem a língua espanhola, num prazo máximo de cinco anos, isto a maioria já sabe, agora com um déficit de 13,2mil professores, segundo o Ministério da Educação, não sei como eles resolverão este problema. O que sinto desde minha formação é triste, estudei da primeira série até o terceiro colegial em escola pública, passei no vestibular numa universidade pública logo que sai do colegial, mas dei um tempo e fui fazer um ano de cursinho, pois ganhei uma bolsa no objetivo, pra "me preparar" melhor para a universidade, pois tinha receio de não acompanhar. Sorte a minha, que a escola pública no interior, naquela época ainda não era tão ruim, pelo contrário, lá encontrei ótimos professores, estes professores me emprestavam livros e tiravam dúvidas até fora do horário de aula (coisas de interior). Mesmo assim em algumas disciplinas, eu não tive esta felicidade, isto acontecia, com a disciplina de português e inglês. Em dois momentos recebi uns amigos suiços em casa e fiquei impressionada, meu amigo Lu, estudava na Universidade de Zurique, aprendeu português no colégio (e aprendeu bem), ele podia optar entre tantos idiomas. O outro amigo, que ficou na casa de meus pais em Riversul, depois que voltou para a Suiça tomou a decisão de estudar português também. Claro q não esotu querendo fazer comparações do sistema de ensino da Suiça com o Brasil, mas pensem um pouco na situação aqui no nosso país. Onde quero chegar: 1º) "O Brasil fala em 80%, 85% de alfabetizados, mas são albetizados que não sabem ler. Isso é fruto da manipulação política, que deu voto ao analfabeto". (Fonte: Valor Econômico, Entrevista: José Mindlin) 2º) Não sabemos nosso próprio idioma, o português 3º) Temos 7 anos de aulas de inglês nas escolas públicas, 2 vezes por semana, 1 aula de 50 minutos (acho que é assim ainda, não é?), mas nunca saimos do básico do básico, e acabamos nos cursos de inglês por fora (quem tem grana pra pagar). 4º) Agora vamos ter aula de espanhol... (o espanhol é parecido com o português, mas mesmo assim será que "vamos hablar" corretamente no final do curso? 5º) Com a educação de base totalmente deformada chegamos a universidade (a maioria trabalha durante o dia inteiro para poder pagar a faculdade e fazer aulas à noite, para aqueles que não tiveram a oportunidade de fazer uma universidade pública, com aulas em grande parte no período diurno). 6º) E finalmente conseguimos colocar a mão no tão sonhado diploma! (alguns se tornam profissionais da área de educação...) 7º) Quero fazer um mestrado, mas as universidades públicas, e a maioria das privadas não possui aula no período noturno, trabalho durante o dia... 8º) Isto porque não vou falar aqui da situação das bibliotecas escolares (que praticamente não existem) e das públicas!!!!! porque certamente ficaria em pranto. Muitas questões, nenhuma resposta, sei que muitos aqui podem contestar, é claro, que não vamos generalizar, só quero fazer uma observação, "o buraco tá mais embaixo"...
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