Pensamentos confusos de uma bibliotecária, um misto de informação, cultura e confissões da vida de uma profissional de 36 anos.
quinta-feira, 16 de junho de 2005
Pobres poetas!
Lá vem ele, o chato, vendendo seus livrinhos, suas folhas de papéis, por qualquer trocado. Qualquer trocado dá uma poesia? Acho que não dá não! Sempre os vejo, à noite, no bar, em frente ao Masp, lá em São Carlos eles caminhavam pelas ruas á noite nos bares, tentando seduzir algum estudante, mas estudantes são sempre "duros", mas também sempre são seduzidos pela poesia, nem todos, alguns não entendem a poesia. Em Sorocaba eles circulavam pelas ruas durante o dia, tentando vender suas palavras a quem passasse por eles no corre corre do dia-a-dia. No interior "zão", Itapeva, Riversul, Itararé, eles nem tentam vender, escrevem as poesias e as dão de presente aos amigos ou as jogam no lixo, ou ainda queimam todas as poesias... Aqui em São Paulo estão por toda parte, alguns jogam suas poesias, outros queimam, outros tentam vendê-la nos principais pontos culturais, na frente do cinema... Por que estou escrevendo isto? Por hoje ao receber um informativo sobre uma Roda de Poesia num país vizinho, pensei em encaminhá-lo para uma amiga... pensei melhor... lembrei que ela não gostava de poesias... fiquei triste... Aí lembrei de um dia que me falaram que "o poeta era o pior de todos", o que mais sofria... que arte ingrata é a poesia. A poesia não dá nem pra comprar o pão! Ou são muitos poetas para pouco povão! hahahaha E termino aqui citando o grande Álvares de Azevedo: "Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: Foi poeta - sonhou - e amou na vida. "
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Um comentário:
Muito bom
rsrs verdade mesmo.
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