segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Métodos arbitrários e confusos

Engraçado é ver após anos de estudo a “desconstrução” de tudo aquilo que aprendemos na graduação, após algum tempo de prática, teorias caindo por terra, a forma de organizar sujeita a problemas de ordem financeira, ordem estética, sim estética, por mais incoerente que possa ser, tudo por água abaixo.
Não, não estou aqui dizendo que o fruto de meu aprendizado na graduação foi em vão, muito pelo contrário.
Mas é como enxergamos o mundo quando estamos na graduação e como vemos o mundo após 10 anos de biblioteconomia e ciência da informação.
Na graduação, você imagina o futuro das bibliotecas perfeitas, da informação precisa, do bibliotecário reconhecido.
Na vida real, você descobre que toda organização é arbitrária. E após, caminhar por entre as estantes de inúmeras bibliotecas, você começa a observar como o bibliotecário impõe ao usuário através de sua organização o seu jeito de olhar o mundo, ou melhor dizendo, o que ele conhece do mundo.
Classificações bizarras, às vezes, um tanto confusas, estão por toda parte, atualmente nos preocupamos com a ordem virtual das coisas, acabamos por descobrir que Dewey não é aplicável a tudo, embora, possa ser aplicado a maioria dos livros, seu olhar era restrito. E Ranganathan é mais atual do que imaginávamos.
É importante sempre documentar os passos da organização, tentando ao máximo retratar aquele momento, aquela realidade, justificando certas iniciativas, para que no futuro seu sucessor não pensar que era um bibliotecário louco.
Válido para todos aqueles que trabalham com informação, principalmente em tempos de mutação.

Um comentário:

carloscesar disse...

Oi conterrânea! motivo de orgulho o teu trabalho, principalmente pelo assunto ser oriundo de suas raízes. Se puder ajudar estou a disposição. Parabéns!
E-mail: carlos.cesar.diniz@hotmail.com