quinta-feira, 27 de abril de 2006

Suplica

Eu não tinha este olhar assim tão triste
E minhas mãos assim tão trêmulas
Um jeito quieto e introvertido de ser
A tempestade fez-me mudar o rumo
As águas iradas fizeram-me infeliz
e a poesia eu deixei de viver
numa dor convertida em furor
Há uma ferida ensangüentada dentro de mim
As sombras de um passado sem libertação
Um presente vazio e bandido
que traz a imagem de um futuro temido
No qual eu te imploro por favor
Arrume um remédio para esta dor
Descubra que doença é esta a qual corrói
Minha súplica, ó meu amigo
Cure-me e abrace-me com todo teu calor
Só um bom amigo pode poupar-me de padecer
Só um bom amigo...

Daniela R. Vieira

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