quarta-feira, 6 de julho de 2005

Safo

Safo -------------
A uma mulher amada
Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar, quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.
Sinto um fogo sutil correr de veia em veia por minha carne, ó suave bem-querida, e no transporte doce que a minha alma enleia eu sinto asperamente a voz emudecida.
Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais.
Eu caio num langor supremo; E pálida e perdida e febril e sem ar, um frêmito me abala... eu quase morro ... eu tremo. (de "Clássicos do erotismo, vol. 2")

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