Após ler o post do Arturo Alcorta (disponível em: http://escoladebicicleta.blogspot.com.br/2016/10/carta-aos-cicloativistas_5.html?spref=fb ), senti a necessidade de escrever aqui após um longo tempo minha visão sobre a atual situação na cidade de São Paulo.
Pedalo desde meus 4 anos (sem rodinhas) de Riversul até chegar em São Paulo, foram km pedalados diariamente, como lazer e transporte. No interior a bicicleta me levava para visitar minha amiga que morava no sítio, para a universidade, para o mercado e quando pisei e São Paulo em 2000, o medo de pedalar me dominou, pedalava somente aos domingos, me limitando ao Minhocão.
Depois, descobri as bicicletadas, passei a reivindicar ciclovias, participei de pedaladas para colocar ghost bikes, fui perdendo o medo aos longo dos anos e hoje pelo menos três vezes na semana vou trabalhar de bicicleta, nos demais dias opto por caminhar, utilizo o transporte público e deixo meu carro para viajar ou trajetos mais complexos.
Eu me recordo da polêmica ciclofaixa (em Moema) da gestão Kassab, estacionamento do lado da ciclofaixa que foi corrigido e comerciantes revoltados.
Eu já deixei de comprar várias vezes, porque não encontrei local adequado para prender minha bicicleta perto do comércio.
Eu me recordo da polêmica implantação das faixas de ônibus, dentre tantas que se passaram.
Eu me recordo da notícia de ciclistas brasileiros pedalando em via proibida na cidade de Toronto no Canadá durante o Pan.
Eu vejo ciclistas mal educados, em alta velocidade desrespeitando os pedestres. Eu mesma fui "quase atropeladas por ciclistas na calçada" pelo menos duas vezes.
Eu já vi colisões na ciclofaixa, que poderiam ter terminado mal.
Eu já vi cadeirantes, muitos, ocupando a ciclofaixa, a ciclovia, bem como skatistas, pedestres, catadores de papelão.
Eu já vi idosa cedendo lugar para idosa no ônibus, porque um jovem se fazia de desentendido diante da situação.
Eu já vi cadeirante tendo que pedir licença para outro "desentendido" dentro do ônibus.
Os mesmos que falam porque na Europa é assim, assado, aqui querem pedalar em vias expressas, competir com os carros, desrespeitar pedestres, talvez se façam de desentendidos. Querem seu espaço a qualquer custo.
Não é como uma guerra que vamos conquistar espaço, é respeitando que seremos respeitados.
Falta educação sim, para todos em todos os níveis (pedestres, motoqueiros, ciclistas, motoristas), bem como falta respeito, parar de olhar para o umbico, se colocar no lugar do próximo e pensar no coletivo.
Nos chamam de "vermelhos", desocupados e, como diria Cazuza: "transformam o país inteiro num puteiro".
Se deixam levar pelo ódio, mensagens que colocam uns contra os outros.
Não pensam no que o motoqueiro teve que enfrentar para entregar a pizza quentinha na casa.
Simplesmente é quase impossível colocar-se no lugar do outro.
Precisamos de segurança para pedalar sim, mas precisamos aprender mais.
A eleição já passou, agora é voltar o olhar para o futuro, pensando no melhor para a cidade, sem esquerda, nem direita...
Diário de uma bibliotecária
Pensamentos confusos de uma bibliotecária, um misto de informação, cultura e confissões da vida de uma profissional de 36 anos.
sábado, 8 de outubro de 2016
terça-feira, 21 de junho de 2016
Rio de Janeiro, 20 de maio de 2016.
Após um longo tempo sem escrever, resolvi retomar o blog, com pelo menos um post por mês, pensei em fazer outro blog, mas este que começou com desabafos e poesias, há mais de 10 anos atrás faz parte de minha vida, de meu crescimento, reflete os momentos profissionais e pessoais de uma simples bibliotecária que saiu do interior, viajou e vive em constante mutação, porque assim é a vida, somos seres em transformação.
Assim, nos últimos meses após intensas horas de trabalho, resolvi fazer uma cirurgia na gengiva e desembarcar no Rio de Janeiro, durante a semana que deveria ser de repouso para um Curso no INPI, de Propriedade Intelectual para Bibliotecários. Um curso que eu recomendo a todos bibliotecários e bibliotecárias que trabalham em universidades e centros de informação em indústrias. A importância do trabalho de um profissional de informação no auxílio a busca de bases de dados em patentes e sua relação com inovação.
O curso é realizado durante uma semana, gratuito e possui carga horária de 20 horas é ótimo para aqueles profissionais que precisam se aprofundar no universo da Propriedade Intelectual e nos ensina a pensar no desenvolvimento de produtos e serviços de informação neste contexto.
Aos interessados recomendo que fiquem de olho no site: http://www.inpi.gov.br/links-destaques/sobre/agenda-de-cursos
Assim, nos últimos meses após intensas horas de trabalho, resolvi fazer uma cirurgia na gengiva e desembarcar no Rio de Janeiro, durante a semana que deveria ser de repouso para um Curso no INPI, de Propriedade Intelectual para Bibliotecários. Um curso que eu recomendo a todos bibliotecários e bibliotecárias que trabalham em universidades e centros de informação em indústrias. A importância do trabalho de um profissional de informação no auxílio a busca de bases de dados em patentes e sua relação com inovação.
O curso é realizado durante uma semana, gratuito e possui carga horária de 20 horas é ótimo para aqueles profissionais que precisam se aprofundar no universo da Propriedade Intelectual e nos ensina a pensar no desenvolvimento de produtos e serviços de informação neste contexto.
Aos interessados recomendo que fiquem de olho no site: http://www.inpi.gov.br/links-destaques/sobre/agenda-de-cursos
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domingo, 20 de setembro de 2015
São Paulo, 20 de setembro de 2015
O bibliotecários em tempos de crise
Há algum tempo observo os posts e comentários sobre o futuro da profissão e resolvi postar aqui minhas reflexões e indagações.
Quando fui motivada prestar o vestibular para um curso de "Ciência da Informação" na Universidade Federal de São Carlos no final de 1996, confesso que além do nome do curso, o que motivou foi a chamada de uma revista na qual constavam profissões do futuro.
Quando nos formamos depois de uma greve nas universidades federais, eu estava trabalhando, mas com a cabeça à mil, queria empreender, ir além. Fui até a gráfica, fiz cartões, uma breve apresentação junto do cv.
Estava feliz, implantei o centro de informação na empresa a qual trabalhava e lidando com informações estratégicas.
Do acervo até a participação no desenvolvimento de um software de CRM, aprendi muito logo no início.
Se eu estivesse ficado na "zona de conforto" somente preocupada com a organização do acervo, no meu universo teria aprendido tantas coisas?
Como todo profissional, fui em busca de melhores oportunidades, crescimento e aprendizado, então observei que a grande maioria do mercado, queria bibliotecários técnicos, mas aquele não era o meu lugar, meu lugar dentro de uma Biblioteca sempre foi o Serviço de Referência, compreender o usuário da informação e entregar uma informação precisa.
Estava fascinada pela Gestão do Conhecimento, novas tecnologias e Inteligência Competitiva.
O mercado no início dos anos 2000 estava muito bom para os profissionais da informação, havia um universo para dominarmos.
Mas o que faltou para irmos além?
Acredito que não só um pouco, mas muito de Marketing Pessoal.
Bibliotecários em geral não são bons vendedores.
Muitos sabem do valor que a informação tem para um negócio, mas não sabem vender a necessidade e o papel do bibliotecário.
É claro estou falando aqui de todos bibliotecários, pois a cada dia que passa sinto que temos que nos especializar mais e mais para atender ao mercado.
sábado, 30 de maio de 2015
O meu ideal de "Reforma Política"
1. Em primeiríssimo lugar: o voto deverá ser facultativo.
2. Democracia participativa a exemplo de Barcelona e Madrid.
3. Redução das cadeiras para o poder legislativo em todo território nacional. Será que precisa de tantos representantes "do povo" assim? Será que uma cidade com 10.000 habitantes precisa de 9 vereadores?
4. Quanto aos salários dos vereadores, deputados, senadores:
- cidades até 50.000 de habitantes: o vereador deverá ter trabalho como qualquer cidadão brasileiro, ajuda de custo "limitada a 1/4 do salário mínimo" para participação em reuniões na capital.
- cidades até 300.000 de habitantes: o vereador deverá ter trabalho como qualquer cidadão brasileiro, meio salário mínimo, imaginando aqui que a demanda de trabalho é um pouco maior que nos municípios menores.
- cidades até 1.000.000 de habitantes: o vereador deverá ter trabalho como qualquer cidadão brasileiro, deverá dedicar-se ao menos 20 (vinte) horas semanais para receber um salário mínimo de auxílio.
- cidades acima de 1.000,000 de habitantes: o vereadores deverá dedicar-se ao menos 40 (quarenta) horas semanais. Poderá ser "afastado" do trabalho para exercer a função.
- Deputados Estaduais: no máximo 2 salários mínimos. Utilização de um apartamento "popular" durante o período do mandato para deputados residentes vindos do interior.
- Deputados Federais: no máximo 2 salários mínimos. Utilização de um apartamento "popular" durante o período do mandato.
Todos deverão "bater ponto" como trabalhadores, em caso de falta nas sessões, deverá ser justificada como qualquer trabalhador justifica.
Benefícios: Utilização do SUS, Escolas Públicas para os filhos e livre acesso ao transporte público (ônibus e metrô). Não haverá carros oficiais.
5. Educação: todos os candidatos a cargos políticos deverão passar por um curso de formação política de no mínimo 360 horas.
6. Prefeitos, Governadores e Presidente: idade mínima de 21 anos, no máximo 2 salários mínimos, SUS, Escolas Públicas para os filhos e livre acesso ao transporte público (ônibus e metrô), utilização de um apartamento "popular" durante o período do mandato para governadores e presidente. Um carro oficial para o presidente. Para Governadores e prefeitos não haverá carro oficial.
7. Voto Distrital
8. Financiamento público da campanha que deverá abranger:
- Página na Internet para cada partido, na qual deverá conter página padronizada para cada candidato: um vídeo de 20 minutos, um podcast de 30 minutos, propostas em PDF.
- Direito de 1 minuto no programa de eleitoral gratuito na TV.
- Direito de 2 minutos no programa de eleitoral gratuito no rádio.
- Não poderá ter impressos, cartazes, cavaletes, outdoors e brindes em geral.
Para campanhas de governadores e presidente: o financiamento público deverá permitir o deslocamento entre as cidades através de ônibus. No caso do presidente, o deslocamento para visita os estados poderá utilizar o avião, junto da esposa ou esposo e um assessor.
9. Todo partido deverá ter um programa de governo sério. Fim das coligações! O candidato deverá ser ficha limpa! Em caso de suspeita de irregularidades, deverá ter o mandato suspenso até o fim das investigações e em caso de culpa nunca mais poderá ser candidato até que se cumpra pena em sistema penitenciário.
10. Fim da reeleição não só para prefeitos, governadores e presidente. Mas, também para vereadores, deputados e senadores.
Estado Laico
2. Democracia participativa a exemplo de Barcelona e Madrid.
3. Redução das cadeiras para o poder legislativo em todo território nacional. Será que precisa de tantos representantes "do povo" assim? Será que uma cidade com 10.000 habitantes precisa de 9 vereadores?
4. Quanto aos salários dos vereadores, deputados, senadores:
- cidades até 50.000 de habitantes: o vereador deverá ter trabalho como qualquer cidadão brasileiro, ajuda de custo "limitada a 1/4 do salário mínimo" para participação em reuniões na capital.
- cidades até 300.000 de habitantes: o vereador deverá ter trabalho como qualquer cidadão brasileiro, meio salário mínimo, imaginando aqui que a demanda de trabalho é um pouco maior que nos municípios menores.
- cidades até 1.000.000 de habitantes: o vereador deverá ter trabalho como qualquer cidadão brasileiro, deverá dedicar-se ao menos 20 (vinte) horas semanais para receber um salário mínimo de auxílio.
- cidades acima de 1.000,000 de habitantes: o vereadores deverá dedicar-se ao menos 40 (quarenta) horas semanais. Poderá ser "afastado" do trabalho para exercer a função.
- Deputados Estaduais: no máximo 2 salários mínimos. Utilização de um apartamento "popular" durante o período do mandato para deputados residentes vindos do interior.
- Deputados Federais: no máximo 2 salários mínimos. Utilização de um apartamento "popular" durante o período do mandato.
Todos deverão "bater ponto" como trabalhadores, em caso de falta nas sessões, deverá ser justificada como qualquer trabalhador justifica.
Benefícios: Utilização do SUS, Escolas Públicas para os filhos e livre acesso ao transporte público (ônibus e metrô). Não haverá carros oficiais.
5. Educação: todos os candidatos a cargos políticos deverão passar por um curso de formação política de no mínimo 360 horas.
6. Prefeitos, Governadores e Presidente: idade mínima de 21 anos, no máximo 2 salários mínimos, SUS, Escolas Públicas para os filhos e livre acesso ao transporte público (ônibus e metrô), utilização de um apartamento "popular" durante o período do mandato para governadores e presidente. Um carro oficial para o presidente. Para Governadores e prefeitos não haverá carro oficial.
7. Voto Distrital
8. Financiamento público da campanha que deverá abranger:
- Página na Internet para cada partido, na qual deverá conter página padronizada para cada candidato: um vídeo de 20 minutos, um podcast de 30 minutos, propostas em PDF.
- Direito de 1 minuto no programa de eleitoral gratuito na TV.
- Direito de 2 minutos no programa de eleitoral gratuito no rádio.
- Não poderá ter impressos, cartazes, cavaletes, outdoors e brindes em geral.
Para campanhas de governadores e presidente: o financiamento público deverá permitir o deslocamento entre as cidades através de ônibus. No caso do presidente, o deslocamento para visita os estados poderá utilizar o avião, junto da esposa ou esposo e um assessor.
9. Todo partido deverá ter um programa de governo sério. Fim das coligações! O candidato deverá ser ficha limpa! Em caso de suspeita de irregularidades, deverá ter o mandato suspenso até o fim das investigações e em caso de culpa nunca mais poderá ser candidato até que se cumpra pena em sistema penitenciário.
10. Fim da reeleição não só para prefeitos, governadores e presidente. Mas, também para vereadores, deputados e senadores.
Estado Laico
Economia Sustentável
domingo, 26 de abril de 2015
sábado, 13 de dezembro de 2014
São Paulo, 13 de dezembro de 2014. (Lua Cheia)
Chove em São Paulo e as pessoas esquecem que estamos à beira de um colapso hídrico. Infelizmente é assim: brasileiro só presta atenção nas questões se isto lhe doer profundamente no "bolso". É assim com nosso maior patrimônio: natureza.
Quando meu pai um dia alertou para a preservação dos mananciais e nascentes, foi quase "apedrejado". E agora?
Muitos ainda pensam: pode faltar água em São Paulo, pois lá tem muita gente e continuam a lavar suas calçadas.
É triste, ver sua terra, desmatada, secando aos poucos e ver o povo ainda culpando o governo.
Infelizmente pessoas conscientes da importância do meio ambiente são minoria.
E por falar, em meio ambiente, hoje haverá a "Bicicleta e Churrasco dos Imprestáveis" que mesmo com chuva está confirmada, concentração na Praça do Ciclista a partir das 14 horas. Afinal de contas, nós ciclistas, não prestamos... Enfim, esta foi uma declaração que não gostei.
Às críticas aos ciclistas que vão desde vagabundo, filhinho de papai até gente que não presta.
O que me conforta que é em outras cidades do mundo enfrentaram o mesmo problema durante a implantação das ciclovias e ciclofaixas.
Em nosso país enfrentamos diversos problemas, água, resistência às ciclovias, são apenas alguns dos inúmeros problemas que envolvem má qualidade na educação, violência crescente, desigualdades, corrupção e comodismo.
No entanto, somos uma democracia, uma democracia "bebê" como minha mãe costuma dizer, temos muito o que aprender.
Aprendizado é a palavra-chave para refletirmos neste final de ano.
sábado, 26 de julho de 2014
São Paulo, 26 de julho de 2014. (Lua Nova)
As mudanças me fizeram ficar mais desapegada, mesmo com meus livros. Muitos foram doados, gosto de imaginar que os livros que me acompanharam por um período agora passam de mãos em mãos.
Ao organizar os poucos que sobraram, me deparei com minhas próprias poesias dentro de Antologias já esquecidas. Minha participação nestas Antologias foram só para registrar um lado meu que ficou perdido no tempo, em meio a correria de cada dia, as leituras técnicas foram ocupando o lugar das leituras de lazer, assim como escrever há muito já não é um lazer.
Ao organizar os poucos que sobraram, me deparei com minhas próprias poesias dentro de Antologias já esquecidas. Minha participação nestas Antologias foram só para registrar um lado meu que ficou perdido no tempo, em meio a correria de cada dia, as leituras técnicas foram ocupando o lugar das leituras de lazer, assim como escrever há muito já não é um lazer.
domingo, 18 de agosto de 2013
Manifestação contra os maus-tratos a animais na Av. Paulista
Eu estava pedalando pela ciclo-faixa (há tempos não fazia isto desde que meus finais de semana mudaram para a Vila Prudente quando ao passar pelo MASP, na Av. Paulista, resolvi aderir ao movimento que chama atenção pela crueldade cometida contra os animais em eventos como rodeios e demais situações onde nossos melhores amigos são tratados com violência.
sábado, 22 de junho de 2013
São Paulo, 22 de junho de 2013 - Na Av. Paulista contra a PEC 37
Emocionante ver tantos brasileiros enrolados na bandeira, caminhando na mais paulista das avenidas, por um Brasil melhor, um Brasil de "Ordem e Progresso", contra a corrupção e o absurdo que é a PEC 37.
Na foto abaixo podemos observar os carros saindo da Av. Paulista.
Vídeo: "As 5 causas"
sexta-feira, 14 de junho de 2013
São Paulo, 13 de junho de 2013.
Caos, gritos, palavras de ordem: “Chuta! Chuta! Quebra! Quebra!” às 20h09min
Manifestar sim, todos têm o direito de manifestar seu descontentamento, destruir não.
Mais gritos: “Quebra! Quebra!”
Não vejo a polícia e vejo aproximadamente cem manifestantes seguindo aos chutes, penso comigo: “Mais uma manifestação, já foram embora, eram poucos..."
Vinte minutos depois mais gritos, sendo que mais fortes, mais confusão, mais caos, mais manifestantes que ateiam fogo em três lugares da Avenida impedindo a passagem os carros e ônibus. Cercavam os carros, chutando, seguindo as palavras de ordem.
Foi-se o tempo no qual os estudantes protestavam contra o aumento das passagens no qual em um dia d “pulavam a catraca”, agora é o tempo é de destruir o transporte público, prejudicando eles mesmos, mais principalmente os trabalhadores, aqueles que acordam cedo todos os dias e pagam os impostos, aqueles que pagarão o prejuízo destes rastros de destruição, muitos pais, destes jovens, que talvez um dia também tenham participado de um ato de protesto, mas hoje foram trabalhar, enquanto seus filhos dormem para depois talvez, “matar aula” e planejar o próximo ato.
Manifestem! Parem o trânsito, tirem o direito dos trabalhadores de ir e vir, que na mente de vocês são “alienados”, mas lembre-se que estão lá, trabalhando para pagar os impostos que serão utilizados em prol de sua educação, transporte, saúde, segurança.
Talvez, uma porcentagem seja “desviada”, mas vocês não ligam pra isto, não é? Afinal de contas é mais fácil protestar contra um aumento da tarifa do que contra o aumento da violência. Ou o aumento da tarifa serviu apenas de estopim para que manifestem contra a corrupção, contra os impostos, má educação, contra a família, a namorada, ou o namorado...
Talvez, a polícia não devesse agir mesmo, deixando o rastro de destruição aumentar e cada um se proteger como pode, quando um manifestante lhe atirar uma pedra, de repente quebrar o vidro de seu carro que teve que pagar com muito suor.
Talvez, a polícia confunda um trabalhador com um vândalo, disparando contra ele uma bala de borracha ou mesmo as bombas de gás.
Já imaginou um familiar de um manifestante dentro de uma ambulância pedindo passagem para chegar a um hospital?
Pois é, me recordo na adolescência um movimento sem terra impedindo a passagem dos carros na rodovia e eu dentro do carro a caminho do médico... me recordo de minha alegria ao participar de um churrasco após um grupo de assentados conseguir suas terras, minha tristeza ao saber que venderam suas terras.
Também me recordo das inúmeras manifestações, tempos de faculdade, bicicletadas das quais participei e não recordo de rastros de destruição, bem como minha indignação diante da ação contra os professores na época do governo Covas.
Fico feliz que depois de tantas bicicletadas as ciclovias e as bicicletas começaram a ganhar seu espaço nas ruas movimentadas de São Paulo, embora me entristeça ao ver ciclistas desrespeitando pedestres, motoqueiros agredindo ciclistas, motoristas matando pedestres e ciclistas.
Sofremos de um egoísmo tão grande, que não percebemos o próximo.
Há tantas maneiras de realizar um ato de protesto pacífico, mas às vezes penso que a adrenalina da violência parece falar mais alto.
Penso que após o PM ser linchado na terça-feira, os PM´s foram para a rua talvez com sede de vingança por seu colega e perderam-se ao confundir trabalhadores voltando para seus lares com os vândalos infiltrados na manifestação.
Penso que no meio de uma multidão com sede de se manifestar, há inúmeros jovens de forma pacífica, bem como alguns com aquele "ódio" de tudo que acabam por perder a razão.
Talvez seja somente um grupo como o que vi de cem jovens revoltados que deixam seu rastro de destruição e o grupo que vem atrás de forma pacífica leve a culpa por estes.
Vamos pensar nos dois lados da balança e tentarmos olhar de cima, pois todos perderão a razão, sei que anos sentados na frente da televisão, assistindo o aumento da corrupção, foi causando uma indignação, sem limites.
Não quero acreditar que tem que ter violência para chamar atenção! Que se não houvessem mártires ninguém saberia o que está acontecendo.
Quero acreditar que é possível reivindicar e não atingir o próximo!
Que fique claro, sou a favor de manifestações, mas contra as destruições e imposições!
Não ao vandalismo!
Não a repressão!
Não a violência! Já basta de insegurança!
Liberdade para todos!
Manifestar sim, todos têm o direito de manifestar seu descontentamento, destruir não.
Mais gritos: “Quebra! Quebra!”
Não vejo a polícia e vejo aproximadamente cem manifestantes seguindo aos chutes, penso comigo: “Mais uma manifestação, já foram embora, eram poucos..."
Vinte minutos depois mais gritos, sendo que mais fortes, mais confusão, mais caos, mais manifestantes que ateiam fogo em três lugares da Avenida impedindo a passagem os carros e ônibus. Cercavam os carros, chutando, seguindo as palavras de ordem.
Foi-se o tempo no qual os estudantes protestavam contra o aumento das passagens no qual em um dia d “pulavam a catraca”, agora é o tempo é de destruir o transporte público, prejudicando eles mesmos, mais principalmente os trabalhadores, aqueles que acordam cedo todos os dias e pagam os impostos, aqueles que pagarão o prejuízo destes rastros de destruição, muitos pais, destes jovens, que talvez um dia também tenham participado de um ato de protesto, mas hoje foram trabalhar, enquanto seus filhos dormem para depois talvez, “matar aula” e planejar o próximo ato.
Manifestem! Parem o trânsito, tirem o direito dos trabalhadores de ir e vir, que na mente de vocês são “alienados”, mas lembre-se que estão lá, trabalhando para pagar os impostos que serão utilizados em prol de sua educação, transporte, saúde, segurança.
Talvez, uma porcentagem seja “desviada”, mas vocês não ligam pra isto, não é? Afinal de contas é mais fácil protestar contra um aumento da tarifa do que contra o aumento da violência. Ou o aumento da tarifa serviu apenas de estopim para que manifestem contra a corrupção, contra os impostos, má educação, contra a família, a namorada, ou o namorado...
Talvez, a polícia não devesse agir mesmo, deixando o rastro de destruição aumentar e cada um se proteger como pode, quando um manifestante lhe atirar uma pedra, de repente quebrar o vidro de seu carro que teve que pagar com muito suor.
Talvez, a polícia confunda um trabalhador com um vândalo, disparando contra ele uma bala de borracha ou mesmo as bombas de gás.
Já imaginou um familiar de um manifestante dentro de uma ambulância pedindo passagem para chegar a um hospital?
Pois é, me recordo na adolescência um movimento sem terra impedindo a passagem dos carros na rodovia e eu dentro do carro a caminho do médico... me recordo de minha alegria ao participar de um churrasco após um grupo de assentados conseguir suas terras, minha tristeza ao saber que venderam suas terras.
Também me recordo das inúmeras manifestações, tempos de faculdade, bicicletadas das quais participei e não recordo de rastros de destruição, bem como minha indignação diante da ação contra os professores na época do governo Covas.
Fico feliz que depois de tantas bicicletadas as ciclovias e as bicicletas começaram a ganhar seu espaço nas ruas movimentadas de São Paulo, embora me entristeça ao ver ciclistas desrespeitando pedestres, motoqueiros agredindo ciclistas, motoristas matando pedestres e ciclistas.
Sofremos de um egoísmo tão grande, que não percebemos o próximo.
Há tantas maneiras de realizar um ato de protesto pacífico, mas às vezes penso que a adrenalina da violência parece falar mais alto.
Penso que após o PM ser linchado na terça-feira, os PM´s foram para a rua talvez com sede de vingança por seu colega e perderam-se ao confundir trabalhadores voltando para seus lares com os vândalos infiltrados na manifestação.
Penso que no meio de uma multidão com sede de se manifestar, há inúmeros jovens de forma pacífica, bem como alguns com aquele "ódio" de tudo que acabam por perder a razão.
Talvez seja somente um grupo como o que vi de cem jovens revoltados que deixam seu rastro de destruição e o grupo que vem atrás de forma pacífica leve a culpa por estes.
Vamos pensar nos dois lados da balança e tentarmos olhar de cima, pois todos perderão a razão, sei que anos sentados na frente da televisão, assistindo o aumento da corrupção, foi causando uma indignação, sem limites.
Não quero acreditar que tem que ter violência para chamar atenção! Que se não houvessem mártires ninguém saberia o que está acontecendo.
Quero acreditar que é possível reivindicar e não atingir o próximo!
Que fique claro, sou a favor de manifestações, mas contra as destruições e imposições!
Não ao vandalismo!
Não a repressão!
Não a violência! Já basta de insegurança!
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