O bibliotecários em tempos de crise
Há algum tempo observo os posts e comentários sobre o futuro da profissão e resolvi postar aqui minhas reflexões e indagações.
Quando fui motivada prestar o vestibular para um curso de "Ciência da Informação" na Universidade Federal de São Carlos no final de 1996, confesso que além do nome do curso, o que motivou foi a chamada de uma revista na qual constavam profissões do futuro.
Quando nos formamos depois de uma greve nas universidades federais, eu estava trabalhando, mas com a cabeça à mil, queria empreender, ir além. Fui até a gráfica, fiz cartões, uma breve apresentação junto do cv.
Estava feliz, implantei o centro de informação na empresa a qual trabalhava e lidando com informações estratégicas.
Do acervo até a participação no desenvolvimento de um software de CRM, aprendi muito logo no início.
Se eu estivesse ficado na "zona de conforto" somente preocupada com a organização do acervo, no meu universo teria aprendido tantas coisas?
Como todo profissional, fui em busca de melhores oportunidades, crescimento e aprendizado, então observei que a grande maioria do mercado, queria bibliotecários técnicos, mas aquele não era o meu lugar, meu lugar dentro de uma Biblioteca sempre foi o Serviço de Referência, compreender o usuário da informação e entregar uma informação precisa.
Estava fascinada pela Gestão do Conhecimento, novas tecnologias e Inteligência Competitiva.
O mercado no início dos anos 2000 estava muito bom para os profissionais da informação, havia um universo para dominarmos.
Mas o que faltou para irmos além?
Acredito que não só um pouco, mas muito de Marketing Pessoal.
Bibliotecários em geral não são bons vendedores.
Muitos sabem do valor que a informação tem para um negócio, mas não sabem vender a necessidade e o papel do bibliotecário.
É claro estou falando aqui de todos bibliotecários, pois a cada dia que passa sinto que temos que nos especializar mais e mais para atender ao mercado.